
Últimos dias e aulas, depois temos folga de Quinta feira até Segunda que vem. Tô escrevendo esse post e chorando, porque quase seis meses longe de casa é moleza, mas quase seis meses longe de Lila é foda.Īntes de começar esse post, uma breve pausa para o estado de espírito do autor (e também foi nosso ÚLTIMO assignment de Classical Animation):ĭepois de um fim de semana apocalíptico, estamos na última semana (pós-apocalíptica em teoria) do Term 2. Acho o título deveras adequado.Įu queria muito que esse post ficasse incrível, no nível da minha irmã, mas as palavras não tão tavam vindo direito, acho que é saudade. Pra variar, enrolei mil anos pra assistir, e chorei pra me acabar quando finalmente vi. Pra fechar, um curtinha que minha mãe achou por acaso. Sabe as histórias que minha mãe precisa contar? Lila tem as fotos que ela precisa mostrar, e eu vou fazer tudo que for possível pra ajudar nessa aventura. Eu sei que ela tem um mundinho próprio dentro da cabeça, que ela disfarça muito melhor do que eu! É uma criatura de um perfeccionismo absurdo, chegando a se sabotar as vezes. Parte fundamental do trio Vega/Taj Mahal, envolvida em rodadas épicas de esconde-esconde, madrugadas em Itapetinga, colecionar sapos no quintal, infinitas temporadas de Arraial, filmes e fotos completamente loucos (e outros muito bem feitos também!), Quando eu tava aprendendo a dirigir, Lila era a cobaia mais alegre para passeios pela rua e caronas a qualquer hora. Parceira número para fazer trabalhos em grupo de escola (fossem os meus, fossem os dela), presença ilustre em festas de fim de semana com meus mesmos cinco amigos TODA semana, e longas conversas sem sentido sentados à mesa de jantar. A gente gosta do mesmo “tipo” de terror, que segue as regras do gênero – porque é impossível fugir -, que não decepcione na história e tenha (pelo menos) um pouquinho de criatividade, pra se diferenciar dos outros. Se Lila diz que um filme é bom, é porque o negócio deve ser bom mesmo. Sobrinhos de Tio Geja, fomos escolados cedo na arte do suspense e é muito difícil achar um filme que assuste de verdade. Minha irmã é a única pessoa no mundo na qual eu confio cem porcento quando o assunto é filmes de terror. Aumentar a piada E a mentira, do mesmo jeito que eu faria (agradecimentos especiais para o Geja nesse aspecto!). Sei disso porque sempre que eu começo uma piada a partir de uma mentira e a história chega até Lila, ela vai aumentar. Eu sei que posso contar com ajuda de minha irmã pra qualquer coisa, mesmo sem pedir, e acredito que ela sinta a mesma coisa. Se um aparece com uma idéia muito louca, a primeira reação do outro não é “por que?” e sim “quando a gente começa?”. Achou que o outro fez besteira? Fala! Achou que fez certo? Fala também! Tem um quê de comunicação telepática de dona Fátima e meticulosidade calma de doutor Luiz, onde um sempre tá lá pra ajudar o outro, seja com a louça na pia, dando carona, ajudando na figuração de madrugada, emprestando lente ou fazendo qualquer coisa no Arraial.

Falando em pai e mãe, sempre tem aquela coisa que a gente não pode contar pros pais, né? Mais uma das vantagens de ter uma irmã incrível é que a gente nunca tem um assunto restrito. Só de pensar em como eu sou e como Lila é, eu vejo e reconheço TUDO de meu pai e minha mãe. Sei lá, acho que em algum momento a gente percebeu que era melhor pros dois se a gente trabalhasse junto do que competisse – tem uma história envolvendo palmadas que prova esse ponto, mas minha mãe seria a pessoa mais indicada pra contar. Crescer junto não é coisa fácil, e eu sinceramente não sei como a gente fez. Não sei se foi sorte ou se é muito amor mesmo, mas pra mim a frase vai “irmão é assim mesmo, ajuda pra qualquer coisa”. Sabe aquela coisa de “irmão é assim mesmo, briga por qualquer coisa”? Eu não sei como é.
